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13,2 milhões de adolescentes engravidaram de forma precoce ao longo de 20 anos, denunciam os pediatras

A maioria dos casos aconteceu em estados das regiões Sudeste e Nordeste. Em 2016 (último dado disponível), houve 500 mil gestações em mulheres com idades entre 10 e 19 anos. Na semana em que se comemora o Dia Mundial da Infância, celebrado anualmente em 21 de março, os dados revelam um dos graves problemas que afetam a vida e o futuro dos mais jovens. Ao longo de duas décadas (entre 1996 e 2016), um total de 13,2 milhões de crianças nasceram de mães com idades entre 10 e 19 anos, no Brasil. Em 2016, o dado mais recente divulgado pelo Ministério da Saúde, houve 500 mil casos que se enquadram nessa situação.

CONFIRA AQUI OS NÚMEROS DA GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA.

Para a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), que levantou os dados, os casos de gestação precoce devem ser entendidos como um importante problema para o País. “Sob as perspectivas de impacto social, econômico e epidemiológico, essa situação configura um desafio. O alto número de adolescentes que engravidam a cada ano é prova irrefutável de que as políticas públicas para evitar casos de gestação precoce precisam ser repensadas”, disse a presidente da SBP, dra. Luciana Rodrigues Silva.

Na avaliação dela, dentre outros problemas, esse indicador demonstra que as jovens sofrem as consequências da falta de acesso a informações e aos métodos contraceptivos. Por sua vez, confirma a suspeita de que nos serviços de saúde não há o número ideal de médicos e de outros profissionais da área preparados para acolhê-las, orientá-las e atende-las. Finalmente, acrescentou, “não se pode ignorar que essas situações em sua maioria afetam aquelas que vivem em situação de vulnerabilidade socioeconômicas, o que revela que lacunas nessa área podem contribuir para desfechos indesejados”.

SÉRIE HISTÓRICA – A avaliação da série histórica disponibilizada pelo Sistema de Informação sobre Nascidos Vivos (Sinasc), do Ministério da Saúde, mostra que o Sudeste, com 33,5%, é a região que mais concentrou, proporcionalmente, casos de gestação em adolescentes entre 1996 e 2016. Na sequência, vem o Nordeste (32,9%), o Norte (13,3%), o Sul (12%) e o Centro-Oeste (8%). Entre 1996 e 2016, a média de registros de nascimentos de filhos de mães adolescentes ficou em 663 mil casos. O pico dessa curva foi registrado em 1999, com 754 mil registros.

“Apesar da tendência de queda observada nos números absolutos, os percentuais dos casos, distribuídos regionalmente, pouco variaram. Mais do que isso: o volume continua significativo, assim como os inúmeros riscos que surgem com gestações precoces, como o de complicações de saúde para as mães e os bebês, inclusive com possibilidade de morte”, afirmou Luciana Rodrigues. A gravidez na adolescência está associada a uma série de riscos à saúde da mulher e do bebê. Elevação da pressão arterial e crises convulsivas (eclampsia e pré-eclâmpsia) são alguns dos problemas de saúde que podem acometer a jovem grávida. Dentre os agravos mais comuns no bebê, estão a prematuridade e o baixo peso ao nascer.

De acordo com a presidente do Departamento Científico de Adolescência da SBP, Alda Elizabeth Azevedo, as meninas mais pobres têm cinco vezes mais chances de engravidar do que as mais ricas. “Se a família, a escola e o Estado falham no dever de garantir a proteção integral das crianças e dos adolescentes, esse problema tende a se manter”, alerta. Já a Evelyn Eisenstein, membro do DC de Adolescência da SBP, destaca que o índice de mortalidade entre os filhos de mães adolescentes é muito alto. “Cerca de 20% da mortalidade infantil no Brasil decorre do óbito precoce dessa faixa”, disse.

IMPLICAÇÕES – A presidente da SBP alerta ainda para outras implicações para a jovem que engravida nessa fase da vida. “Ela tem sua infância interrompida, passando a assumir responsabilidades sem estar adequadamente preparada. Possivelmente, terá que conviver com a pressão emocional de seu novo papel e enfrentará maiores dificuldades de concluir seus estudos, o que pode impactar em seu futuro no mundo do trabalho, ficando sujeita a salários menores e ao subemprego”, lembrou.

No início do ano, o Governo Federal publicou a Lei nº 13.798/2019, que criou a Semana de Prevenção da Gravidez na Adolescência. O objetivo é estimular atividades que eduquem os jovens sobre saúde reprodutiva, inclusive para evitar o aumento dos números de gestações entre adolescentes. “Ao projetar o tema em âmbito nacional ao longo do mês de fevereiro, o Governo brasileiro demonstrou sensibilidade com a vida de milhões de adolescentes e jovens. A inclusão deste público nas políticas de saúde, no entanto, requer ações concretas em outras áreas”, destacou a presidente da SBP.

SENSIBILIZAÇÃO – Ao longo do mês de fevereiro, a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e suas filiadas promoveram uma série de atividades em alusão à Semana de Prevenção da Gravidez na Adolescência com o objetivo de debater o tema entre pediatras, profissionais da saúde e sociedade civil.

Além do lançamento de uma campanha especial para valorizar e fortalecer a atuação do médico pediatra/hebiatra na sensibilização para a prevenção da gravidez na adolescência, diversas atividades foram promovidas pelas filiadas da SBP em todo o País. “Esta foi uma das campanhas da SBP na qual as filiadas mais se engajaram, demonstrando um belíssimo trabalho da rede nacional dos pediatras, o que é um grande motivo de orgulho para todos nós”, enfatizou a presidente da SBP.

CONFIRA ABAIXO ALGUMAS DESTAS ATIVIDADES:

ALAGOAS – Uma série de ações foi realizada pela Sociedade Alagoana de Pediatria (Sapal) durante todo o mês de fevereiro. A primeira delas foi a Roda de Conversa com os especialistas, que reuniu 30 pessoas, entre alunos do internato, residentes em pediatria e da obstetrícia, e algumas gestantes e seus acompanhantes.

“Foi uma atividade bastante produtiva, visto que, tem muitas informações no que se refere aos danos, principalmente, causados ao binômio mãe-filho que não eram conhecidos. Então, acho que essa troca de informação entre os profissionais de saúde, que vão estar ligados diretamente a esse público, foi fundamental, bastante pertinente”, disse o dr. João Lourival, presidente da Sapal.

A filiada também participou de entrevistas no rádio e na TV para debater mais sobre o tema e promoveu um seminário sobre a Prevenção da Gravidez na Adolescência no dia 21 de fevereiro.

AMAZONAS – No dia 6 de fevereiro, a Sociedade Amazonense de Pediatria (Saped) realizou o I Fórum Amazonense de Prevenção da Gravidez na Adolescência. O evento contou com a presença de 140 especialistas entre profissionais da saúde e da educação que atuam com o público adolescente. A ação foi realizada em parceria com o Conselho Regional de Medicina do Estado do Amazonas (Cremam) e a Associação Amazonense de Ginecologia e Obstetrícia (ASSAGO).

“Foi um momento de conversa, relatos, dúvidas e intercâmbio de conhecimentos. A comunhão entre essas duas áreas traz a força necessária para a redução do índice da gestação precoce. Nós estamos extremamente contentes com o sucesso do Fórum e tivemos a certeza que todo o reforço quanto ao tema é muito bem-vindo”, afirma a dra. Elena Marta Amaral, presidente da Saped.

BAHIA – A Sociedade Baiana de Pediatria (Sobape) promoveu “Rodas de conversa”, nos dias 7 e 11 de fevereiro, como parte das ações de educação e conscientização pela Semana Nacional de Prevenção da Gravidez na Adolescência. No dia 7, a atividade foi no Ambulatório Materno-Infantil Nelson Barros, que funciona dentro do prédio da Faculdade de Medicina da Universidade Federal da Bahia (Ufba). Já a outra atividade ocorreu no Instituto de Perinatologia da Bahia (Iperba).

“Se não trabalharmos um projeto de vida com esses adolescentes, não conseguiremos vencer esse desafio que é evitar a precocidade da gestação. Eles precisam desses espaços de rodas de conversa para discutir, tirar dúvidas e aprender sobre essa questão”, afirmou a presidente da Sobape, dra. Dolores Fernandez.

Nas duas ocasiões, adolescentes atendidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) receberam orientações e tiraram dúvidas com pediatras e outros profissionais de saúde em bate-papo franco sobre sexualidade, proteção contra doenças sexualmente transmissíveis e, sobretudo, cuidados para evitar gestação precoce e indesejada. As atividades aconteceram em parceria com a Associação de Obstetrícia e Ginecologia da Bahia (Sogiba), Sociedade Brasileira de Obstetrícia e Ginecologia da Infância e Adolescência (Sogia), Instituto de Perinatologia da Bahia (Iperba), Universidade Federal da Bahia (Ufba) e Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo).

CEARÁ – A Sociedade Cearense de Pediatria (Socep) realizou em 1º de fevereiro, o I Fórum Temático Socep 2019 com o tema “Gravidez na hora certa – protagonismo juvenil”, na sede da instituição. Foram promovidas exposições dialogadas e trabalhos em grupo com especialistas locais que ajudaram a esclarecer e a como orientar jovens adolescentes. O evento contou a participação de três especialistas na área de hebiatria e ginecologia-obstetrícia e com a presença de mais de 60 pessoas.

Segundo a dra. Anamaria Cavalcante, presidente da Socep, a atividade preconizou o protagonismo juvenil e a participação de seus docentes. “O diferencial foi a metodologia empregada: na plateia estavam adolescentes de escolas públicas com seus professores. Dividimos o grupo em oficinas para discussões com os especialistas sobre duas questões: responsabilidades parentais independentes da idade, e todos os adolescentes segurando um boneco simulando um bebê, e as causas que podem determinar uma gravidez em faixa etária adolescente. Após isso, fizemos o retorno e finalização com socialização dos resultados, encaixando um tema com o outro”, explicou a presidente.

O Fórum foi uma parceria da Socep com a Prefeitura de Fortaleza, Associação Cearense de Ginecologia e Obstetrícia (SOCEGO), Associação Brasileira de Enfermagem: seção Ceará (ABEn-CE), Centro Universitário Christus (Unichristus) e a Associação Cearense de Medicina de Família e Comunidade (ACeMFC).

MARANHÃO – A Sociedade de Puericultura e Pediatria do Maranhão (SPPMA), em parceria com a Sociedade de Ginecologia e Obstetrícia do Maranhão (SOGIMA), promoveu no dia 7 de fevereiro o I Fórum sobre Gravidez na Adolescência do Maranhão. Na ocasião, compareceram 90 especialistas para debater questões sobre como prevenir a gravidez na adolescência. O evento contou com a participação de pediatras, psicólogos, ginecologistas, assistente sociais, obstetras.

“O Fórum teve quatro horas de duração e foi pactuado manter um grupo com o objetivo de troca de informações para atuar nos mais diversos pontos de fragilidade em relação à gestação na adolescência, como ações em escolas e unidades básicas de saúde”, informou a presidente da SPPMA, dra. Marynea Silva do Vale.

MATO GROSSO – O Conselho Regional de Medicina do Mato Grosso (CRM-MT), com o apoio da Sociedade Matogrossense de Pediatria (Somape), Sociedade Matogrossense de Ginecologia e Obstetrícia (Somago), Academia de Medicina do Mato Grosso, Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) e a Associação Brasileira de Obstetrícia e Ginecologia da Infância e Adolescência (SOGIA-BR), realizou no dia 8 de fevereiro, no auditório do CRM-MT, a mesa-redonda “Gravidez na Adolescência: compreendendo e acolhendo para prevenir”.

As palestras abordaram os temas “Visão Epidemiológica atual da gravidez na adolescência”, com o dr. Luis Menechino, da Secretaria Estadual de Saúde; “O papel do pediatra na prevenção da gravidez na adolescência”, com a dra. Alda Elizabeth Azevedo, presidente do Departamento Científico de Adolescência da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP); “Aspectos obstétricos e contracepção da gravidez na adolescência”, conduzida pela dra. Zuleide Cabral, da SOGIA-BR, Somago e Febrasgo; e “Aspectos legais da contracepção na adolescência”, ministrada pela dra. Helen Rezende, da assessoria jurídica do CRM-MT. O evento foi aberto ao público.

MATO GROSSO DO SUL – A Sociedade de Pediatria do Mato Grosso do Sul (SPMS), com o apoio da Câmara Municipal de Dourados, realizou no dia 6 de fevereiro o I Curso de Capacitação Sul Matogrossense na Prevenção da Gravidez na Adolescência. A atividade contou com 90 participantes dentre os quais estavam pediatras, ginecologistas, e profissionais de outras áreas que atuam junto aos adolescentes ou em ações voltadas a eles, como secretários de saúde, representantes de universidades públicas e particulares, professores, entre outros.

“Foi um evento muito efetivo e fiquei feliz com a adesão dos profissionais das diversas áreas. Acredito que atingimos boa parte dos nossos objetivos. Tivemos um espaço para tirar dúvidas e trocar bastante experiência entre os profissionais e, por isso, foi bem rico”, enfatizou dra. Carmen Lucia de Almeida Santos, presidente da SPMS.

Os temas abordados no Fórum foram “Características epidemiológicas da gravidez na adolescência”; “Momento ideal na indicação de contracepção”; “Contracepção na adolescência: atualização” e “Repercussões emocionais da gestação nos adolescentes (ambos os sexos)”.

MINAS GERAIS – A Sociedade Mineira de Pediatria (SMP), Associação dos Ginecologistas e Obstetras de Minas Gerais (Sogimig), Associação Médica de Minas Gerais (AMMG) e o Conselho Regional de Medicina de Minas Gerais (CRM-MG) se uniram para promover o I Fórum Mineiro de Prevenção da Gravidez na Adolescência e debater a nova lei no dia 1º de fevereiro.

O evento contou a participação de mais de 160 pessoas, incluindo médicos, residentes, estudantes de medicina, demais profissionais da área de saúde, e educadores. Na oportunidade, foram discutidos temas como contracepção na adolescência; aspectos psicossociais da gravidez na adolescência; peculiaridades do pré-natal da adolescente; e aspectos ético-legais do atendimento ao adolescente.

Para a presidente da SMP, dra. Marisa Lages Ribeiro, a prevenção da gravidez na adolescência não é um assunto exclusivo do médico, do pediatra. É um tema que precisa ser discutido por toda a sociedade, na família e na escola, por isso, as secretarias de educação e saúde foram convidadas. “Sabemos das consequências da gravidez na vida de uma mulher adolescente, da criança que vai nascer, precisamos falar também sobre as consequências para o homem adolescente”, alertou a pediatra.

PARÁ – Com o objetivo  de debater assuntos como o panorama da gravidez na adolescência no Brasil e no Pará; a prevenção da sífilis congênita nos recém-nascidos de mães adolescentes no Pará; e as estratégias para prevenção da gravidez na adolescência no Estado, a Sociedade Paraense de Pediatria (Sopape), com o apoio do Conselho Regional de Medicina (CRM-PA) e o Sindicato dos Médicos do Pará (Sindmepa), realizou, no dia 13 de fevereiro, o I Fórum de Prevenção da Gravidez na Adolescência.

Na ocasião, participaram 81 pessoas, entre integrantes do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS) e do Centro de Referência de Assistência Social (CRAS), estudantes das ligas acadêmicas de pediatria, médicos, e profissionais da saúde e da educação que trabalham com adolescentes. Segundo a presidente da Sopape, dra. Vila Hutim, está nas metas da entidade fortalecer ações e estabelecer uma agenda permanente junto às secretárias de educação e saúde do estado e do município acerca do assunto.

“O evento foi muito bom porque conseguimos fazer uma discussão e reflexão sobre a questão de a gravidez na adolescência ser uma responsabilidade de todos enquanto sociedade, não só da área da saúde. O assunto tem relação com a educação, com o direito e órgãos da justiça que promovem a garantia da efetivação das políticas públicas de atenção à criança e adolescentes das famílias”, refletiu.

PARANÁ – Com o objetivo engajar, sensibilizar e fortalecer a atuação continuada dos pediatras, outros profissionais da saúde e a sociedade na prevenção da gravidez precoce, a Sociedade Paranaense de Pediatria (SPP) promoveu dois eventos: a Conferência sobre a Semana de Prevenção da Gravidez na Adolescência e o Fórum sobre Gravidez na Adolescência. Os eventos contaram com a presença de 130 pessoas, entre estudantes de medicina e médicos, e estudantes e profissionais de outras áreas da saúde.

“O Brasil ainda apresenta um índice alto de gestação na adolescência, em comparação ao restante da América Latina. Por isso, a criação de políticas educacionais e de saúde são extremamente importantes para o melhor atendimento aos pais e aos recém-nascidos, que apresentam maior risco de baixo peso e prematuridade, maior dificuldade na sucção e amamentação e menor taxa de adesão ao acompanhamento pediátrico”, enfatizou a presidente da SPP, dra. Kerstin Abbage.

PERNAMBUCO – No dia 2 de fevereiro, a Sociedade de Pediatria de Pernambuco (Sopepe), com o apoio da Sociedade de Ginecologia e Obstetrícia (SOGOPE), realizou o Café com Especialista, com a temática “Gravidez na adolescência: prevenção acima de tudo”. Para debater o assunto, foram convidadas as dras. Leila Katz, que abordou a visão do Obstetra; e Betinha Fernandes, do Departamento Científico de Adolescência da SBP, com a visão Psicossocial. A atividade contou com a presença de 40 especialistas.

“Na nossa grade de atividades temos um encontro científico mensal chamado Café com Especialista e em fevereiro o tema escolhido foi a gravidez na adolescência em alusão à recém-instituída Semana Nacional de Prevenção da Gravidez na Adolescência. Na plateia havia representantes da Secretaria Estadual de Saúde e a Sopepe se comprometeu a apoiar a secretaria em ações efetivas nas escolas estaduais durante este ano com palestras e treinamento de professores, por exemplo”, afirmou dr. Eduardo Jorge da Fonseca Lima, presidente da Sopepe.

RIO DE JANEIRO – A Sociedade de Pediatria do Estado do Rio de Janeiro (Soperj), em parceria com o Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (Cremerj) e a Sociedade Brasileira de Obstetrícia e Ginecologia da Infância e Adolescência (Sogia), realizou também no dia 1º de fevereiro, o fórum “A prevenção da gravidez na adolescência em visão ampliada”.

Com a presença de 50 especialistas, as palestras debateram os temas como “Nascidos vivos de gestantes menores de 14 anos de idade no Brasil – 2015/2016”; “A atuação do pediatra na prevenção da gravidez em adolescentes”; e “Aspectos psicológicos e socioculturais da gravidez na adolescência – O que a equipe de saúde pode fazer”.

Na abertura do Fórum, a presidente da SOPERJ, dra. Kátia Nogueira Telles, ressaltou a importância de se instituir uma semana em que haja reflexão por parte de toda a sociedade. “É preciso fazer um alerta para todos, não só para os profissionais da área de saúde, mas também para toda a população que precisa estar engajada nessa questão”, afirmou.

RIO GRANDE DO NORTE – A presidente da Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Norte (SOPERN), dra. Kátia Correia Lima, participou no dia 30 de janeiro do I Fórum Estadual de Discussão sobre a Prevenção da Gravidez não Intencional na Adolescência, em Natal. O evento foi promovido pela Secretaria de Estado da Saúde Pública, por meio da Coordenadoria de Promoção à Saúde.

RORAIMA – A Sociedade Roraimense de Pediatria (SRP) promoveu no dia 1º de fevereiro o I Fórum Roraimense de Prevenção a Gravidez na Adolescência. Compareceram ao evento 188 pessoas, entre profissionais do Centro de Referência de Assistência Social (CRAS), do Conselho Tutelar, professores, representantes das secretarias de saúde, educação, segurança e trabalho, residente de pediatrias, pediatras e acadêmicos de medicina.

“Foi um evento muito positivo. A partir do fórum surgiram algumas ideias, que queremos colocar em prática, como trabalhar para reduzirmos o índice de gravidez na adolescência no Estado, que é de 21%, além de promover alguma ação agora para o Carnaval”, afirmou dra. Adelma Alves de Figueiredo, presidente da SRP.

O evento foi idealizado em parceria com o Conselho Regional de Medicina de Roraima (CRM-RR) e a Associação dos Ginecologistas e Obstetrícia de Roraima (ASGORR). Além disso, a filiada também realizou palestras educativas nas escolas estaduais de ensino médio da capital Boa Vista e participou de programas na TV e rádio locais.

SANTA CATARINA – Em Florianópolis, a Sociedade Catarinense de Pediatria (SCP) – em parceria com a Sociedade de Obstetrícia e Ginecologia de Santa Catarina (SOGISC), o Conselho Regional de Medicina de Santa Catarina (CRM-SC), a Associação Catarinense de Medicina (ACM), a Associação Catarinense de Medicina da Família e Comunidade (ACMFC) e a Associação Catarinense de Psiquiatria (ACP) – realizou no dia 1º de fevereiro o I Fórum Catarinense de Prevenção da Gravidez na Adolescência.

O evento reuniu 80 pessoas, entre pediatras, hebiatras, ginecologistas e obstetras, médicos da família e psiquiatras, além de enfermeiros, residentes e estudantes de medicina e enfermagem, num grande debate em defesa das crianças, adolescentes e mulheres de toda Santa Catarina. A programação contou com palestras sobre o panorama da gravidez na adolescência no País e no estado, estratégias para a sua prevenção, educação sexual, um desafio no processo do adolescer e riscos da gravidez precoce para a saúde mental da mãe e da criança.

“Uma mãe adolescente não apenas interrompe sua vida para cuidar de uma criança, como também se expõe a riscos e afeta seu bem-estar. Além disso, o bebê nascido de uma adolescente tem mais chance de prematuridade, baixo peso, menos tempo de amamentação, falhas no acompanhamento pediátrico, esquema vacinal incompleto, muitas vezes ficando desprotegido contra inúmeras doenças. O pediatra é um grande aliado das crianças, dos adolescentes e de suas famílias na prevenção e, também na educação em saúde para a qualidade de vida. Por isso, nos unimos à SBP para fazer coro a essa nova ação na luta contra a gravidez na adolescência, com a intenção de promover um debate capaz e gerar ações contínuas e efetivas em Santa Catarina. Dessa forma, reafirmamos que os pediatras não são apenas importantes, são indispensáveis”, declarou a dra. Rosamaria Medeiros e Silva, presidente da SCP.

TOCANTINS – A Sociedade Tocantinense de Pediatria (STOP) promoveu no dia 23 de fevereiro o Fórum de Prevenção da Gravidez na Adolescência, em Palmas. Durante o evento foram apresentados os dados da gravidez na adolescência no estado, os fatores que causam esse quadro e quais são os seus riscos e complicações.

“O evento foi muito proveitoso como despertar para conhecer as causas do problema e procurar meios para preveni-lo. Queremos também, no futuro, promover debates por meio de oficinas ou cursos, porque podem ser ainda mais enriquecedores. Além disso, como todos os participantes eram professores e preceptores, seremos também multiplicadores dessa ideia”, disse a dra. Elaine Lobo, presidente da STOP.

Fonte: SBP Disponível em:<http://www.sbp.com.br/imprensa/detalhe/nid/132-milhoes-de-adolescentes-engravidaram-de-forma-precoce-ao-longo-de-20-anos-denunciam-os-pediatras/> em 23.03.2019.