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‘Fiocruz no Ar’ aborda sífilis em gestantes

Considerada como uma epidemia pelo Ministério da Saúde desde 2016, a sífilis vem avançando no Brasil. Desde 2005, quando começaram a ser coletados os dados sobre a doença, os números só fazem aumentar. Em relação às gestantes, de 2005 a 2018, foram notificados 259.217 casos, sendo que 52% das ocorrências foram em mulheres na faixa etária entre 20 e 29 anos.

Causada pela bactéria Treponema Pallidum, a sífilis é uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST) e pode ser adquirida por meio de relação sexual sem preservativo ou do contato com feridas expostas (a chamada sífilis adquirida) ou transmitida da gestante para a criança ainda no útero (a sífilis congênita). No caso das gestantes infectadas, a transmissão para o bebê pode levar a danos graves, como parto prematuro, fissura perto da boca, convulsões, surdez, dificuldade de aprendizado e até a morte.

Como se desenvolve em quatro fases, a sífilis apresenta sintomas diferentes: 1.    Primária – Duração: 4 a 8 semanas – No início, o único sintoma é uma ferida, indolor, na área infectada (região genital, órgão excretor ou garganta). O machucado some no fim dessa fase; 2.    Secundária – Duração: 2 a 6 meses – Os principais sinais são machucados pelo corpo. Eles aparecem espalhados, mas se concentram na palma das mãos e nos pés; 3.    Latente – Duração: 2 a 40 anos – As feridas e os sintomas desaparecem. A partir desse estágio, ela não é mais contagiosa; 4.    Terciária – Duração: até a morte – A sífilis reaparece potente: deforma as pernas e ataca o rosto e o cérebro.

Para o tratamento da sífilis, é utilizada o antibiótico do tipo penicilina. O importante é manter o cuidado e procurar imediatamente o médico assim que surgirem os sintomas. Não é recomendado o tratamento por conta própria: um erro ou a resistência do organismo materno à penicilina pode causar sérios danos à mãe e à criança.

Médico e professor da Universidade Federal de Minas Gerais, Gabriel Osanan fala sobre essa IST e a importância do tratamento adequado no podcast Sífilis em gestantes: um risco para mães e bebês, do projeto Fiocruz no Ar.

Ouça aqui: Podcast 08 – Sífilis em gestantes: um risco para mães e bebês

Ficha técnica: Podcast 08 – Sífilis em gestantes: um risco para mães e bebês Duração: 3m24s Coordenadora: Graça Portela (Ascom/Icict/Fiocruz) Reportagem, Locução e Produção: Maya Sangawa Consultora técnica: Ana Paula Assef, do Laboratório de Pesquisa em Infecção Hospitalar do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) e Gabriel Osanan, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) Fonte: Gabriel Osanan, médico e professor da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) Edição de áudio: Daniel Beltrão (NO3 Produções Artísticas) Trilha sonora da vinheta: “Life of Riley”, by Kevin MacLeod (incompetech.com) | Licensed under Creative Commons: By Attribution 3.0 License | http://creativecommons.org/licenses/by/3.0/ Trilha sonora geral: “Carefree”, by Kevin MacLeod (https://incompetech.com) | Licensed under CC By (http://creativecommons.org/licenses/by/4.0/) 00:0003:24

Fonte: Graça Postela/Icict/Fiocruz – Agência Fiocruz de Notícias. Disponível em: https://agencia.fiocruz.br/fiocruz-no-ar-aborda-sifilis-em-gestantes. Acesso em 19 Set. 2019.