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Estou grávida! E agora? As semanas finais

Hoje pela manhã eu chorei. A maioria das grávidas são bem sensíveis desde o início da gestação e costumam exteriorizar quase tudo o que acontece de bom ou de ruim em lágrimas. Eu não fui assim. Chorei muito pouco durante estes quase 9 meses, fugindo do que costumam me contar. Mas, prestes a completar 37 semanas, eu comecei a chorar do nada e isso ajudou. Os motivos? Vários! A ansiedade aumentou ainda mais, apesar de eu tentar ocupar a cabeça.

Além disso, não tenho conseguido fazer tudo o que fazia antes, tarefas simples, como passar hidratante nos pés (eu não os alcanço mais) ficaram bem complicadas e isso me traz a sensação de incapacidade. Dirigir tem se tornado missão impossível e o peso extra faz o corpo doer. O choro foi um desabafo comigo mesma. No entanto, este não vai deixar de ser pra mim, o momento mais importante da vida.

Um tanto pouco estranho, não é? Por isso, quis começar este texto assim, contando sobre o choro. Ele foi uma forma de “assumir” para mim e para quem tem acompanhado a série “Estou grávida e agora?”, de que nem todos os momentos são um mar de rosa. É preciso ser forte, especialmente nesta fase final. Na minha opinião, a mais difícil delas.

Este é o último texto antes do nascimento do bebê. Falta muito pouco. Nas consultas que agora são semanais , já recebo orientações sobre a amamentação e os cuidados com o pós-parto . Assuntos que já devem ser abordados antes mesmo dos sinais parto. No meu caso, já li muito sobre tudo isso e aproveito as consultas para tirar as dúvidas e colher a opinião da médica que me acompanha. Sobre amamentação, por exemplo, tive a boa notícia de que, apesar da mamoplastia que fiz há 5 anos, provavelmente vou amamentar normalmente (eu temia não conseguir). A médica constatou isso ao examinar minhas mamas, que já deram sinal de produção do colostro, uma primeira forma de leite materno. Que alegria!!!

A vida fica assim…

Ainda nas consultas, falo detalhe por detalhe dos sintomas nesta fase final, a pressão arterial e o ganho de peso são acompanhados rigorosamente. Os batimentos do coração do bebê contam muito sobre a saúde dele e são o momento mais esperado sempre que entro no consultório. Já nas aulas de hidroginástica e musculação, o ritmo diminui, mas não para. Manter os exercícios físicos até quando for possível é bastante positivo e faço um esforço para continuar.

Em casa, as tarefas domésticas são pensadas antes, para que não haja esforço em excesso. Mas, também tento fazer tudo dentro das atuais possibilidades. Acredito que parar totalmente tudo deve alimentar a ansiedade. No trabalho, já começo a me despedir das atividades como repórter (já está difícil completar a jornada diária e a médica preferiu me dar um atestado para esperar a hora do parto). Trabalho desde os 18 anos e nunca parei por tanto tempo, assim como será na licença maternidade. Contudo, terei muita coisa para fazer com o bebê e isso me empolga.

Aqui, bastante inchada, porém feliz, com um choro ou outro, vivo os últimos dias antes de conhecer aquele que dizem ser o maior amor do mundo. Até o relato do parto, pessoal. Torçam por nós!

Comentário da área técnica da Saúde da Mulher

Preparação – Peça a seu (sua) companheiro (a) ou alguém próximo de você para ajudá-la nas seguintes tarefas: Organizar documentos para levar no momento do parto e para entrar com a licença-maternidade. Fazer a lista de telefones úteis. Comprar mantimentos para quando vocês chegarem da maternidade.Colocar na sacola o que vocês vão levar:– Roupas e fraldas para o bebê, roupas para você, absorventes, casaco ou manta para seu acompanhante durante a noite, produtos de higiene pessoal;– Carteira de Identidade ou Certidão de Nascimento;– Esta caderneta e a Caderneta de Saúde, se for adolescente;– Cartão do SUS, se possuir.

Se você é estudante, já solicitou o atestado para o afastamento de suas atividades escolares? Se você tem outros filhos, quem ficará com eles enquanto estiver na maternidade? Você já escolheu quem será seu acompanhante? Perto do parto

Perto da data do parto você poderá sentir sua barriga endurecer, como contrações que não duram muito tempo. Antes de pensar em sair para o hospital, tome um banho, repouse e veja se essas contrações continuam fortes e regulares. Pode ser que ainda não seja o trabalho de parto, mas só um treino. Dias antes do parto poderá sair por sua vagina um muco grosso amarelado, como clara de ovo, com rajas de sangue, o tampão mucoso. Este é um sinal de que o parto pode estar próximo.

Como identificar o trabalho de parto Geralmente, o trabalho de parto dura de 8 a 12 horas, mas pode durar mais, dependendo de cada mulher. Muitas vezes o medo e o estresse podem prolongar esse período; sentir-se tranquila e confiante pode ajudar a diminuí-lo. Portanto, não se apavore quando surgirem os primeiros sinais; você terá tempo suficiente para se organizar e chegar ao local do parto.”

Se o parto foi normal

Se houve corte próximo à vagina (episiotomia), mantenha a cicatriz bem limpa, lavando-a com sabonete durante o banho ou após fazer suas necessidades, e secando bem o local. A região está cicatrizando e pode ficar dolorida. Não se preocupe, os pontos vão cair sozinhos. Se o seu bebê nasceu de cesariana mantenha a cicatriz bem limpa, lavando com sabonete durante o banho e secando-a bem. Os pontos deverão ser retirados de 7 a 10 dias, na Unidade Básica de Saúde.”

Erika Braz, para o Blog da Saúde

http://www.blog.saude.gov.br/v4ug2c

http://www.blog.saude.gov.br/pnuxz8

http://www.blog.saude.gov.br/g9jop3

http://www.blog.saude.gov.br/p6mtoj

http://www.blog.saude.gov.br/p6hu38

http://www.blog.saude.gov.br/dahzkv

http://www.blog.saude.gov.br/c52z70

Fonte: Erika Braz / Blog da Saúde . Disponível em:<http://www.blog.saude.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=53499&catid=579&Itemid=50218> em 03.09.18.