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Estou grávida! E agora? Entre cuidados com a saúde, exija seus direitos

Sempre antes de iniciar um novo texto da série Tô Grávida e agora?, costumo ler o anterior para me lembrar do relato que fiz e comparar com a situação atual. Na narração passada, usei a seguinte frase: “As idas ao banheiro estão dentro da normalidade”. Isso ficou pra trás! A condição agora é bem diferente: idas cada vez mais frequentes ao banheiro. A vontade de fazer xixi quase dobrou em pouco menos de duas semanas, provando o quanto as mudanças durante a gestação acontecem dia após dia ou rápidos demais, se preferirem. Ao menos esta é minha impressão. E a de vocês?

A barriga, por exemplo, estica sem parar. Estou ouvindo diariamente: “você tá muito grávida” (risos). Agora, esta condição não passa por despercebido. As roupas antigas estão quase todas guardadas, como já havia contado. Por isso, tratei de conseguir algumas e garantir meu bem estar e do bebê também. Já falei no texto passado e ressalto aqui: até as roupas íntimas precisam ser bem confortáveis para diminuir as chances de corrimento vaginal.

Comentário da área técnica: durante a gestação é imprescindível o consumo adequado de líquidos durante esta fase da gestação, dando preferência à água mineral, sucos naturais e bebidas não gaseificadas e açucaradas. A estratégia de ter sempre próxima uma garrafa de água pode ajudar a lembrar de se hidratar.

Os exercícios físicos iniciados há um mês estão ajudando muito. Sempre saio da academia melhor do que entrei. Disposta e com uma sensação de que o bebê também gosta daquilo. Gravidinhas que estão acompanhando esta série, não deixem de praticar alguma atividade, por favor! Gravidez não é doença, não nos impede de nos exercitarmos e não faz mal pro bebê (claro, a atividade deve ser recomendada para gestantes e acompanhada por profissionais). Se não se pode frequentar uma academia, a caminhada ao redor do quarteirão já vale. E, de novo, tome cuidado com a roupa usada para a atividade física. Eu sei que ela deve ser confortável e não apertar a região da barriga ou as pernas, porque isso pode prejudicar a circulação sanguínea. Eu fiz tudo certinho procurando orientação dos profissionais de saúde antes e me dei bem. Estou adorando.

 

Veja as edições anteriores

Tô grávida! E agora? O resultado positivo

Tô grávida! E agora? Adeus primeiro trimestre

Tô grávida! E agora? Entre uma novidade e outra, já se passaram 16 semanas

Tô grávida! E agora? A metade do caminho e um tanto de experiências

Tô grávida! E agora? Semanas tranquilas nesta doce espera

 

A coluna já não é mais a mesma

 

Por falar em atividade física, o desabastecimento de combustível que prejudicou brasileiros de toda parte do país me deixou por uma semana longe da academia. Tive problemas com deslocamento casa – academia. E ai eu comprovei os benefícios de me exercitar. Sem as atividades, as leves dores que sinto vez em quando na coluna se intensificaram. Certo dia, tive que me medicar com um analgésico que o profissional que acompanha meu pré-natal já tinha indicado na consulta anterior. Foi uma noite ruim, mas pela manhã estava melhor.

Comentário da área técnica: a medicação não pode ser feita sem indicação e orientação médica.

Quando essa dor volta, e ela tem voltado esporadicamente, tenho optado também por uma compressa morna. Deito em cima de uma bolsa térmica (pode ser um pano aquecido também) e logo fico melhor. No entanto, é sempre bom ressaltar que cada caso é um caso. A dor ou o desconforto na coluna pode se manifestar de diferentes formas em cada gestante. Por isso, tem que consultar um profissional de saúde, perguntar lá no pré-natal mesmo antes de passar por isso e se preparar.

Comentário da área técnica: a dor na região próxima da coluna pode se manifestar de diferentes formas e pode indicar também algum problema urinário, por exemplo. Portanto, caso sinta algo procure o profissional que realiza seu pré-natal para melhores orientações.

Pelo que me informei, essa dor acontece porque a região lombar está se expandindo para acomodar o bebê, que não para de crescer. Cabe a nós buscarmos a melhor forma de passar por este processo, como mudar hábitos ruins e adotar alternativas saudáveis. Outra dica que tem funcionado comigo é não ficar sentada por muito tempo. De hora em hora tento dar uma volta e ficar em pé um pouquinho. Vale a pena testar!

Direitos das gestantes

Além da atenção à saúde, as gestantes também têm direitos sociais. Aprendi alguns deles na primeira palestra que fui, lá no início do pré-natal aqui numa Unidade Básica de Saúde do Distrito Federal. E por que abordo esta questão agora? Mencionei ali em cima que fiquei sem carro por conta do desabastecimento de combustíveis, certo? Por isso, pela primeira vez desde que engravidei, tive que usar o transporte público. Optei pelo metro e a princípio correu tudo bem. A experiência só não foi totalmente tranquila por conta da falta de educação e de respeito de algumas pessoas.

Estes são alguns direitos da gestante:

– Direito ao estudante

– Sigilo e privacidade no atendimento ao adolescente

– Vinculação ao local de parto

Durante a semana em que usei metro e ônibus aqui no DF, na maioria das vezes consegui um acento para a viagem ser tranquila. Contudo, por três vezes isso não aconteceu e tive que me esforçar para evitar que a barriga se machucasse ou que eu caísse no chacoalhar. Isso sem contar o empurra-empurra nas filas (até mesmo nos espaços destinados exclusivamente às mulheres). Triste situação, né? E eu passei por isso apenas por uma semana. Imagina quem precisa enfrentar isso todos os dias? E o problema nem é com o transporte e sim com os usuários.

Em uma das situações em que fiquei em pé a viagem toda, duas pessoas que notadamente não pertenciam ao grupo de prioritários para os assentos se mantiveram sentadas, mesmo me vendo ali na frente delas. Um ato de descumprimento de uma lei nacional, além de falta de sensibilidade extrema! Bem, nem quero me prolongar no assunto, mas adoraria que cada pessoa que lesse este texto pudesse se autoavaliar, se tem ou não sido sensível e respeitado os direitos das grávidas.

Tirando esse transtorno, que eu prometi a mim mesma não passar novamente, fazendo meus direitos valerem, está tudo bem. O bebê continua mexendo e mexendo. A cada dia a sensação é mais perceptível. E é tão bom! Alcancei a 26ª semana e está bem próxima a chegada do meu pequeno (ou pequena). Papai Lauro está ansioso e feliz. Juntos, começamos a preparar o quarto, pensando em cada detalhe pela saúde, segurança e bem estar do nosso bebê. A compra de roupinhas e enxoval está nos planos, porque sei que tudo tem que estar lavado antes do nascimento. Porém, cada coisa a seu tempo.

 

Fonte: Erika Braz/ Blog da Saúde. Disponível em:<http://www.blog.saude.gov.br/index.php/geral/53383-estou-gravida-e-agora-entre-cuidados-com-a-saude-exija-seus-direitos> em 14.06.18.