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FAO: estudo revela o impacto de alimentos ultraprocessados sobre saúde

A Agência das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) publicou, em 02/08/19, o estudo Ultra-processed foods, diet quality, and health using the NOVA classification system. O documento organizado pelo Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde da Universidade de São Paulo (Nupens/USP), reúne evidências científicas contrárias a produtos comestíveis ultraprocessados e faz associação entre doenças crônicas e o consumo de biscoitos, salgadinhos e refrigerantes, bem como os problemas nutricionais desses produtos, tidos como “inerentemente desbalanceados”.

A classificação NOVA, criada em 2009 pelo Nupens e coordenada pelo professor Carlos Monteiro, reúne os alimentos em quatro grupos: não processados ​​e minimamente processados, como frutas, sementes e raízes, ou de animais, como ovos e leite; minimamente processados, que incluem refrigeração, fermentação não alcoólica, pasteurização e congelamento, por exemplo, e ingredientes culinários processados, ​​como óleos, manteiga, banha, açúcar e sal; processados, referentes a vegetais enlatados e conservas; e ultraprocessados, composto de lanches, bebidas e refeições prontas como refrigerantes, pizza, salsichas, hambúrgueres e outros.

O documento destaca que amido, açúcares, sódio e gorduras trans, considerados nutrientes críticos, são ingredientes ​​frequentemente usados nos alimentos ultraprocessados e ​​consumidos pelas pessoas, levando a obesidade e doenças crônicas não transmissíveis. O processamento, em si, não é problema, conforme aponta o estudo, uma vez que, de alguma forma, praticamente todos os alimentos são processados, desde a secagem até a refrigeração, congelamento, pasteurização e embalagem a vácuo – o que é considerado um beneficio nos processos. O perigo está na excessiva dependência de alimentos processados ricos em açúcar, gordura e sal.

O texto faz referência às diretrizes dietéticas nacionais emitidas por governos de quase todos os países, que advertem quanto aos tipos de processamento e a forma como afetam a natureza e a qualidade dos alimentos, aconselhando a redução do consumo desses nutrientes críticos.

Click aqui para acessar a íntegra do documento.

 

Fonte: CEE-Fiocruz . Disponível em: https://cee.fiocruz.br/?q=node/1018. Acesso em 09 Ago. 2019.