1. Como a vacina contra HPV funciona?
Estimulando a produção de anticorpos específicos para cada tipo de HPV. A proteção contra a infecção vai depender da quantidade de anticorpos produzidos pelo indivíduo vacinado, a presença destes anticorpos no local da infecção e a sua persistência durante um longo período de tempo.
2. A vacina contra HPV é oferecida no SUS?
3. Qual é o objetivo estabelecido pelo Ministério da Saúde com a vacinação contra HPV?
O objetivo da vacinação contra HPV no Brasil é prevenir o câncer de colo do útero, de pênis, de boca, de garganta, de ânus, refletindo na redução da incidência e da mortalidade por estas enfermidades. No Brasil, são estimados 16 mil casos de câncer de colo do útero por ano e 5 mil óbitos de mulheres devido à doença. Mais de 90% dos casos de câncer anal e 63% dos cânceres de pênis são atribuíveis à infecção pelo HPV, principalmente pelo subtipo 16.
Estima-se que em 3 a 10% dos casos, especialmente entre as pessoas com um sistema imune comprometido (por exemplo, aqueles que vivem com HIV/aids), o vírus HPV pode persistir, levando a graves problemas de saúde.
4. Por que o Ministério da Saúde estabeleceu a faixa etária de 9 a 14 anos para a vacinação?
Nas meninas entre 9 a 13 não expostas aos tipos de HPV 6, 11, 16 e 18, a vacina tem eficácia de 98,8%. A época mais favorável para a vacinação é nesta faixa etária, de preferência antes do início da atividade sexual, ou seja, antes da exposição ao vírus.
Estudos também verificaram que nesta faixa etária a vacina quadrivalente induz melhor resposta quando comparada em adultos jovens, e que meninas vacinadas sem contato prévio com HPV têm maiores chances de proteção contra lesões que podem provocar o câncer uterino.
5. Qual é a meta do Ministério da Saúde com a vacina contra HPV?
A meta é vacinar, ao menos, 80% do público-alvo.
6. Quantas doses da vacina contra HPV são necessárias para a imunização?
Para receber a dose, basta apresentar o cartão de vacinação ou documento de identificação. Cada adolescente deverá tomar duas doses para completar a proteção, sendo que a segunda, seis meses depois.
7. A vacina contra HPV é administrada por via oral ou é injeção?
É por via intramuscular – injeção de apenas 0,5 mL em cada dose.
8. A vacina contra HPV substituirá o exame de Papanicolaou?
Não. É importante lembrar que a vacinação é uma ferramenta de prevenção primária e não substitui o rastreamento do câncer de colo do útero em mulheres na faixa etária entre 25 e 64 anos. Assim, as meninas vacinadas, só terão recomendação para o rastreamento quando atingirem a faixa etária preconizada para o exame Papanicolaou e já tiverem vida sexual ativa.
É imprescindível manter a realização do exame preventivo (exame de Papanicolaou), pois as vacinas protegem apenas contra dois tipos oncogênicos de HPV, responsáveis por cerca de 70% dos casos de câncer de colo do útero. Ou seja, 30% dos casos de câncer causados pelos outros tipos oncogênicos de HPV vão continuar ocorrendo se não for realizada a prevenção secundária, ou seja, pelo rastreamento (exame Papanicolaou).
9. Mesmo após receber a vacina contra HPV será necessário utilizar preservativo durante a relação sexual?
Sim, pois é imprescindível manter a prevenção contra outras doenças transmitidas por via sexual, como HIV, sífilis, hepatite B, etc.
10. A vacina contra HPV pode ser administrada junto com outra vacina?
A vacina HPV pode ser administrada simultaneamente com outras vacinas do Calendário Nacional de Vacinação do PNI, sem interferências na resposta de anticorpos a qualquer uma das vacinas. Quando a vacinação simultânea for necessária, devem ser utilizadas agulhas, seringas e regiões anatômicas distintas.
Fonte: Blog da Saúde. Disponível em:<http://www.blog.saude.gov.br/index.php/perguntas-e-respostas/53264-faqms-perguntas-e-respostas-sobre-a-vacinacao-contra-o-hpv> em 20.03.18.