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Tô grávida! E agora? Semanas tranquilas nesta doce espera

Começo a desconfiar que um dia antes de eu sentar para escrever a série “Tô grávida e agora?”, este bebê faz alguma coisa pra virar assunto (risos). Já estava preocupada, porque havia completado 22 semanas de gestação e ainda não tinha sentido o pequeno se mexer. Umas tremidinhas de leve era o máximo. Não havia motivo para a preocupação, pois o bebê já se mexe há bastante tempo no meu útero sem que eu perceba, e o tempo de sentir isso varia de acordo com cada gestante.

Eu estava aflita, porque a maioria das mamães com quem conversei me disse que sentiram o bebê bem antes das 22 semanas. Ansiedade a parte, esperei. E nesta madrugada ele deu seus primeiros sinais mais nítidos. Sensação boa até! Foram movimentos singelos, que não me causaram dor. Entretanto, já espero os chutinhos nas costelas que trazem um desconforto maior, como contam muitas mães. Só que, mesmo antes de passar por isso, já acredito que, até estes chutes sejam um conforto para a gestante: é um sinal de que está bem ativo.

Bem, agora vos fala uma mãe menos ansiosa e passando por uma fase muito tranquila. O segundo trimestre, como os profissionais de saúde me adiantaram (e a Caderneta da Gestante também) costuma ser muito simples. O bebê está quase todo formadinho e o desenvolvimento vai se completando aos poucos. Os enjoos, no meu caso, já não incomodam mais. As noites ainda são calmas e consigo dormir de lado e de barriga para cima, variando as posições. A fome está controlada, porque tenho comido de três em três horas certinho. As idas ao banheiro estão dentro da normalidade e a vida segue. A diferença é uma barriga, cada dia maior!

Mudanças e recomendações

Se eu tiver que apontar uma mudança mais radical nesta fase, seria a constante “perda” das roupas. Tenho guardado muitas peças do guarda-roupas e usado outras mais largas e leves. Isso é por demais importante – ouvi inclusive do médico que me atendeu na última consulta de pré-natal. Ele recomendou menos calças, especialmente as jeans, e que eu dê preferência a vestidos e saias. Até as peças íntimas precisam ser bem escolhidas. A melhor opção são as de algodão e que não apertem em nada. Estas vestimentas podem inclusive ajudar a prevenir ou tratar infecção de urina e a candidíase (ambas comuns na gestação).

Por falar em recomendações médicas, estive recentemente em mais uma consulta do pré-natal, que estou fazendo pelo SUS, numa Unidade Básica de Saúde aqui em Brasília. Chegando lá, uma novidade: os profissionais que estavam me acompanhando anunciaram a despedida deles da unidade. É que a UBS vai se tornar uma Unidade do Programa Saúde da Família, e por isso, os profissionais serão outros a partir de agora. Por trabalhar aqui no Ministério da Saúde, entendi o que está ocorrendo e não me assustei com a troca.

Comentário da área técnica –Os médicos e enfermeiros têm formação em Saúde da Família e estão capacitados para continuar o meu pré-natal e das gestantes lá assistidas. Até aproveitei pra acalmar algumas que pensaram que a mudança era negativa. A única diferença é que vamos conhecer outros profissionais agora. Minha próxima consulta, por exemplo, possivelmente será com um médico ou enfermeiro da família.

Pré-natal do parceiro

E falando em família, Lauro, meu esposo e papai do bebê, está sempre me acompanhando nas consultas e exames e aproveitou para saber mais sobre o pré-natal do parceiro. Vocês conhecem? É uma política pública lançada em 2016 pelo Ministério da Saúde e consiste em aproveitar a presença do homem na unidade de saúde para convidá-lo para exames e testes rápidos. A saúde do pai é muito importante e pode interferir também na saúde do bebê. Até consultas odontológicas estão previstas no pré-natal do parceiro. Veja na contra-capa da Caderneta da Gestante para entender melhor.

Guia do Pré-Natal do Parceiro para Profissionais de Saúde

Como eu tinha comentado por algumas vezes com o Lauro sobre o pré-natal do parceiro, ele aproveitou a oportunidade e conversou com o médico sobre isso durante a minha consulta. O médico achou muito boa a iniciativa da procura e solicitou alguns exames e testes para ele. Na próxima consulta, já com o médico da família, vamos levar os resultados e saber se está tudo bem com o papai também. Afinal, estarmos, pai e mãe, saudáveis, significa muito para o nosso bebê. E logo ele estará aqui conosco. Falta pouco!

Fonte: Erika Braz /Blog da Saúde. Disponível em:<http://www.blog.saude.gov.br/index.php/geral/53364-to-gravida-e-agora-semanas-tranquilas-nesta-doce-espera> em 30.05.18.