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Dia Nacional de Combate ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes

No dia 18 de maio de 1973, a menina Araceli Crespo saiu de casa para ir à escola e nunca mais voltou. Araceli tinha apenas 8 anos e foi violentamente assassinada num crime que chocou o Brasil. Os acusados do crime, pertencentes a famílias influentes do Espírito Santo, jamais foram condenados.

Pela memória de Aracli e de tantas outras crianças que sofrem com a violência sexual, em 1998, a data foi transformada no Dia Nacional de Combate ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes.

Os casos de abuso sexual estão presentes em 85% do total de denúncias de violência sexual registradas no primeiro trimestre de 2015, segundo dados da Secretaria de Direitos Humanos, neste período foram denunciados 4.480 casos. O crime ocorre quando o agressor, por meio da força física, ameaça ou seduz, usa crianças ou adolescentes para a própria satisfação sexual. A exploração sexual, que é caracterizada pela utilização sexual de meninas e meninos com a intenção de obter lucro, foi relatada em 23% dos registros.

A coordenadora da Área Técnica da Saúde do Adolescente e do Jovem (ASAJ) do Ministério da Saúde, Thereza de Lamare, ressalta a importância da sociedade aproveitar a data como um momento de relembrar a vigilância para as situações de abuso, principalmente para os profissionais de saúde. “Essa data é muito importante para não fecharmos os olhos. Todos os profissionais de saúde devem estar sempre atentos a qualquer sinal de violência contra as crianças e os adolescentes. Temos hoje ferramentas e materiais que contribuem muito para subsidiar os profissionais no atendimento de criança que já sofreram violência ou em situações que o profissional identifica que ela está vivendo um caso”, conta.

Thereza ainda destaca a importância do profissional de saúde atuar como um propagador das informações. “Cabe também ao profissional de saúde ajudar os pais e a comunidade na qual aquela unidade da saúde está inserida. Juntos das escolas e igrejas, fazer um trabalho no sentido de prevenir a violência. Estar sempre falando sobre esta questão. Nós adultos temos uma responsabilidade enorme para não deixar nenhuma criança ou adolescente em situação de violência”.

Quem presenciar ou souber de uma situação de violência pode fazer a denúncia pelo Disque Direitos Humanos – Disque 100. O serviço de atendimento telefônico gratuito, funciona 24 horas por dia, nos 7 dias da semana. As denúncias recebidas são analisadas, tratadas e encaminhadas aos órgãos responsáveis.

Fonte: Gabriela Rocha/ Blog da Saúde