“A vacina é mortal.” “Essas doses já mataram milhares.” “Não vacine seus filhos. É um risco.” Frases como essas são amplamente compartilhadas nas redes sociais e aplicativos de mensagem como o WhatsApp. Ataques à vacina têm se tornado problema de saúde pública e preocupado especialistas. Nas redes sociais, o Correio localizou grupos que somam quase 15 mil pessoas nos quais grassam as fake news, as notícias falsas. Comumente, são informações infundadas, mentirosas e apelativas. Para combater os baixos níveis de cobertura, o Ministério da Saúde estuda ampliar o Programa Saúde na Escola, fortalecendo a vacinação nas escolas.
Na última semana, as Sociedades Brasileiras de Pediatria (SBP), de Imunizações (SBIm) e Infectologia (SBI), em parceria com o Rotary Internacional sob o apoio do Programa Nacional de Imunizações (PNI), assinaram conjuntamente um manifesto que alerta para o risco de reintrodução da poliomielite e do sarampo no Brasil. “Diante do quadro atual, há necessidade da união de esforços de todos para a manutenção do país livre dessas doenças. As coberturas vacinais ainda são heterogêneas no Brasil, podendo levar à formação de bolsões de pessoas não vacinadas”, destaca o documento.
Atualmente, o Calendário Nacional de Vacinação do Ministério da Saúde contempla 19 vacinas, que são oferecidas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) a toda a população. A Organização Mundial da Saúde (OMS) é categórica: a vacinação é a segunda maior conquista da saúde pública. Fica atrás somente do consumo de água potável. No entanto, o sucesso das ações de imunização — que teve como resultado a eliminação da poliomielite, do sarampo, da rubéola e da síndrome da rubéola congênita — têm causado em parte da população e — até mesmo em alguns profissionais de saúde — a falsa sensação de que não há mais necessidade de se vacinar. Um erro.
Insuficiência
Fonte: Correio Braziliense / Agência de Notícias da Aids. Disponível em:<http://agenciaaids.com.br/noticia/fake-news-ameacam-a-vacinacao-no-brasil-e-ressuscitam-doencas/> em 31.07.18.