As informações serão sobre meninas grávidas de 10 e 19 anos, que estudam em escolas públicas e privadas.
O Ministério da Saúde vai conseguir acompanhar melhor os casos de gravidez em adolescentes que ainda estejam estudando. Este ano, junto com o EducaCENSO 2019, há um questionário que deve ser respondido por diretores, vice-diretores, coordenadores pedagógicos ou por outro gestor da educação.
Este levantamento é inédito tem como objetivo direcionar e acompanhar ações de saúde referente ao cuidado e a prevenção da gravidez em adolescentes.
As informações serão sobre meninas grávidas de 10 e 19 anos, que estudam em escolas públicas e privadas. Como é o caso da jovem Thais Santos, de 17 anos, que cursa o último ano do Ensino Médio. Grávida de 10 semanas, ela conta que a gestação é de um relacionamento sério, porém não planejada. Apesar disso, ela está tranquila. “No começo eu fiquei bem nervosa com a ideia. Mas, agora estou reagindo bem. Não achei que isso fez alguma diferença na escola”, avalia.
O bebê da Thais deve nascer entre agosto e setembro, portanto antes do fim do ano letivo. Todavia, ela não pensa em perder o ano e pretende se formar mesmo assim. “Estou pensando em levar a licença e pegar algumas matérias para estudar em casa. Ir levando”. A jovem explica que os professores devem passar trabalhos extras e aplicar as provas de forma especial para ela.
O questionário
Os gestores da educação vão ajudar
as políticas de saúde voltadas a este público respondendo, por exemplo,
quantas meninas tiveram o diagnóstico gestacional e se houve
interrupção da gravidez durante o ano de 2018. Assim, os Ministérios da
Saúde e Educação saberão onde é preciso atuar mais fortemente. A meta
das duas pastas é reduzir as vulnerabilidades que comprometem o
desenvolvimento de crianças e adolescentes na trajetória escolar.
Este questionário precisa ser entregue até o dia 15 de abril ao Instituo de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).
No Brasil, embora dados apontem tendência de queda, a taxa de gravidez na adolescência (58,7/1000) está acima da média das Américas (48,6/1000). Dados do (SINASC) apontam que entre os anos de 2000 a 2016, o número de casos de gravidez na adolescência (10 a 19 anos) teve queda de 33% no Brasil, saindo de 750.537 nascimentos e indo para 501.385 nascimentos.
Dados preliminares do Sistema de Informação sobre Nascidos Vivos (Sinasc) apontam o nascimento de 480 mil bebês, em 2017, e de 394 mil, em 2018, cujo as mães têm entre 10 e 19 anos.
Fonte: Erika Braz / Blog da Saúde. Disponível em:<http://www.blog.saude.gov.br/index.php/geral/53791-questionario-aplicado-em-escolas-identificara-casos-de-gravidez-entre-estudantes> em 11.03.2019.